Na última sexta-feira, dia 23, após uma semana de denúncias e reivindicações feitas por moradores e ambientalistas através da internet e da imprensa questionando sobre a maneira como estão sendo realizadas a obra na Barrinha, a prefeitura e o Inea não tiveram como se furtarem a dar explicações e marcaram uma reunião sob o argumento de que "ouviriam a comunidade". A Prefeita mandou como seu representante o Secretário de Meio Ambiente, Gilmar Magalhães e o superintendente regional do Inea o senhor Tulio Vagner, ambos admitiram que a dragagem não é uma solução a longo prazo (e salientou ainda o secretário que em três meses uma nova dragagem terá que ser feita novamente), que a solução real para o canal da Barrinha é a construção do molhe de pedras (obra que já fora realizada anteriormente e por questões eleitoreiras não foi devidamente concluída, ao contrário disto, inauguraram um terço da obra que deveriam ter feita). Também foi questionado pela população sobre o lançamento da água e da areia na praia e se ambos não estariam contaminados. Além de a areia esta voltando para dentro da Barrinha e do mar compromete totalmente o resultado da obra. O então secretário, se comprometeu a tentar encontrar uma solução para o lugar onde depositarem a areia, contudo, nenhum deles deram uma resposta plausíva para a questão da real possibilidade da contaminação tanto da areia como da água. O senhor Tulio Vagner também colocou que iria rever o projeto e que esta pronto a receber da população idéias para um melhor resultado. Foi perguntado ao secretário do "por que" da areia não ser lançada diretamente em auto-mar, mas o mesmo declarou que "não te dinheiro pra isso", o que todos riram. Também compareceram ao local o presidente da Colônia dos Pescadores Mateus com alguns pescadores, ambos demasiadamente alterados, lançando palavras ao vento tumultuando o encontro, gritando e provocando os que ali estavam reunidos com a simples intenção de requerem uma solução definitiva para os problemas da lagoa.
A lagoa não é propriedade de pescadores, Inea, governos sejam, municipal, estadual ou federal, ELA É UM BEM COMUM DE TODOS, garantido na Constituição Federal do Brasil, a diferença entre a população e os demais que ali estavam, é que eles tem a OBRIGAÇÃO DIRETA de preservarem saudáveis as águas, o solo, a fauna e a flora do local. Não podemos admitir que usem dinheiro público em uma obra que só dará resultados para alguns e por pouquíssimo tempo, o resultados tem que alcançar a todos inclusive a natureza que é a principal prejudicada. O uso do dinheiro público tem que partir de um PROJETO, e não aleatoriamente, pois seguramente que se tivessem feito um estudo para a realização da obra certo que o dinheiro para a obra teria vindo, afinal, o que não falta no país é "DINHEIRO PÚBLICO".
Esperamos que os pescadores reconheçam a legitimidade do questionamento da população, pois ela favorecerá primeiramente a eles, que como disseram, "vivem da pesca", queremos que possam transitarem com seus barcos sem correrem risco ao entrarem e saírem da Barrinha, e que barcos de médio porte também transitem no local, e não tenham que serem levados para outras cidades, afinal, Saquarema cresceu em torno da pesca e não da política!
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